122º Fórum do Comitê da Cultura de Paz e Não Violência
100 anos de Mandela – “Reconciliar é preciso”
Com o Embaixador da República da África do Sul J.N. Mashimbye, Luís Bravo e Marina Dias.
Apresentação artística de Lenna Bahule
Em um vilarejo perdido no sertão profundo entre a Cidade do Cabo e Natal, nasce em 18 de julho de 1918 Nelson Mandela – um dos mais queridos e admirados estadistas da história contemporânea. Mestre na política de conciliação, evitou a carnificina que seguramente tomaria conta da África do Sul na sua longa luta contra a brutalidade do apartheid, segregação racial patrocinada pelo Estado. Viabilizou, desse modo, uma democracia pulsante com desenvolvimento socioeconômico, resgate da dignidade da cultura ancestral e pleno exercício dos direitos humanos para todos.
Essa capacidade de negociar, congraçar e reconciliar não foi adquirida em universidades ou cortes de justiça, mas no mais improvável dos espaços – o presídio da Robben Island, onde foi sentenciado pelos tribunais locais à prisão perpétua. Após 27 anos de reclusão, sai para liderar seu país e inspirar milhões de pessoas e gerações a lutar pela reconciliação em lugar da retaliação; pela mediação em lugar do conflito insidioso; pelo diálogo includente em vez do monólogo autoritário; pela compreensão que aproxima e solidariza e, nas suas próprias palavras: “Ao julgarmos nosso progresso como indivíduos, temos a tendência de nos concentrar em fatores externos, como posição social, influência e popularidade, riqueza e padrão de educação... mas fatores internos podem ser ainda mais cruciais para avaliarmos o desenvolvimento de alguém como ser humano: honestidade, sinceridade, humildade, ausência de vaidade, prontidão para servir nossos concidadãos – qualidades ao alcance de qualquer pessoa”.
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