Ahmadou Hampaté Bá
Fez um excelente trabalho no campo da recuperação e transmissão da cultura africana e dos seus arquivos manuscritos, resultado de meio século de pesquisa sobre as tradições orais.
“Em África, quando morre um ancião arde uma biblioteca, desaparece uma biblioteca inteira sem que as chamas acabem com o papel.”
Escritor e etnólogo maliense (Mali, 1900 – Costa do Marfim, 1991) formou-se na escola corânica e na francesa. Destacou-se muito jovem nos estudos e entrou na escola de magistério da ilha de Gorée (Senegal). A partir de 1922 ocupou vários cargos na administração colonial e em 1942 começou a trabalhar como etnólogo no IFAN (Instituto Fundamental de África Negra).
Com a independência do seu país, chegou a ocupar vários cargos de responsabilidade na UNESCO, instituição a partir da qual procurou preservar as culturas orais africanas.
Desde 1970 que o seu trabalho se centrou na classificação dos arquivos acumulados durante toda a sua vida sobre as tradições orais da África Ocidental. Publicou várias obras sobre literatura oral e a história El extraño destino de Wangrin que lhe valeu o Grande Prémio Literário de África Negra em 1974.
É autor de numerosas obras, entre as quais se destacam Tierno Bokar, le Sage de Bandiagra (1957), como homenagem ao professor reverenciado; Koumen (1961), onde compilou os contos e relatos iniciais dos peule; Kaidara (1969) e Jesús visto por un musulmán (1976). Também escreveu as suas memórias, Amkoullel l’enfant peul e Oui mon commandant!, publicadas postumamente.
Fontes:
• Casa África
Mais informações:
• Artigos de Ahmadou Hampaté Bá – Colecção Literatura de Casa África
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