Estamos deixando para trás narrativas e teorias que reduziram a existência de milhões de espécies vivas a meros recursos para gerar riqueza.
A complexa autorregulação do corpo humano não é mais descrita como uma máquina, cujos órgãos não dialogam nem cooperam entre si.
Hoje sabemos que a própria Terra é um organismo vivo que pela interdependência e cooperação se regenera e oferece futuro. Nada prospera em isolamento, a autossuficiência é uma impossibilidade biológica, cultural e espiritual.
Neste cenário de novas percepções de realidade e de nós mesmos, emerge a questão do propósito. Qual o significado, qual a direção que orienta este universo e tudo que nele existe?
Nós, humanos, sempre buscamos respostas também quanto ao nosso quotidiano de necessidades e aspirações. O que escolher? O que oferece mais vida à nossa vida?
Somos criaturas complexas, multidimensionais – já não encontramos satisfação em produzir e consumir, em acumular e aparentar. O propósito nos convida a sair da mesmice.
Jornalista especializada em Crítica Literária, Cofundadora da Associação Palas Athena, Palestrante com reconhecimento internacional.