Howard Zehr
Reconhecido mundialmente como um dos fundadores do movimento de Justiça Restaurativa. Profícuo escritor e editor, palestrante, educador e fotojornalista, Zehr ministra palestras internacionalmente e, como fundador do primeiro programa de reconciliação vítima-ofensor dos Estados Unidos, foi um dos pioneiros na defesa da ideia de tornar as necessidades das vítimas o elemento central na prática da Justiça Restaurativa. Como coeditor do Zehr Institute for Restorative Justice e professor do Center for Justice and Peacebuilding da Eastern Mennonite University, realizou centenas de eventos em mais de 25 países e 35 estados. Sua obra sobre questões de justiça criminal teve grande influência nos Estados Unidos, Brasil, Japão, Jamaica, Irlanda do Norte, Grã- Bretanha, Ucrânia e Nova Zelândia – sendo que este último reestruturou seu sistema de justiça para a infância e juventude utilizando uma abordagem restaurativa baseada na família. Zehr graduou-se pelo Morehouse College, fez seu mestrado na Universidade de Chicago e o doutorado na Rutgers University.
FOTOS
Conferência: Justiça Restaurativa – um novo foco sobre a justiça
Salão Nobre da Faculdade de Direito da USP – 2008
Capa da 1ª edição Trocando as lentes
Nosso sistema de justiça criminal está em crise. Os julgamentos promovem debates inflamados sobre culpa ou inocência, mas ignoram as necessidades profundas de cura e restituição, segurança e preservação do senso comunitário. Qual a cara da justiça e da responsabilidade para aqueles que foram prejudicados? E para os que prejudicaram os outros? Como mudar as lentes através das quais enxergamos o crime e a justiça? Vinte e cinco anos depois da primeira edição, Trocando as Lentes continua um clássico do campo da justiça restaurativa, agora com atualizações valiosas sobre os encontros vítima-ofensor, as conferências e os processos circulares, além de uma nova seção com recursos e leituras recomendadas.
As conferências de grupos familiares são a primeira instância para lidar com crimes praticados por jovens, e também questões de bem-estar da criança na Nova Zelândia. Esta obra trata da justiça da infância e da juventude que foi construída em torno de tais conferências. Desde sua implementação naquele país, as conferências de grupos familiares foram adotadas em muitos outros locais por todo o mundo.
Superlotação carcerária, aumento crescente da criminalidade, insatisfação com a justiça e fragilidade do senso comunitário são sintomas do paradigma disfuncional de crime e de justiça vigente em nossas sociedades. A Justiça Restaurativa firmou-se nas últimas décadas como resposta inovadora às necessidades não atendidas de vítimas e autores de crimes. Esta disciplina vê os crimes como violações de pessoas e relacionamentos interpessoais, violações que acarretam a obrigação de reparar os danos e males que, em última instância, afetam não apenas vítima, ofensor e seus grupos de pertença, mas toda a sociedade.